sábado, 31 de outubro de 2009

Chuvas!

5:45 da manhã. Acordei com barulho de chuva forte. Já tinha acordado algumas vezes durante a madrugada, por causa do barulho da chuva, mas desta vez apertou e estava muito forte! Levantei, fui ao banheiro e voltei pra cama. Tentei dormir novamente, mas virei para um lado, para o outro e não conseguia me desligar da chuva, que cada vez parecia mais forte! A goteira do quarto pingava cada vez mais acelerado no tapetinho (já colocado estrategicamente!). Vinte minutos de chuva intensa... meu coração acelerou, meu estômago começou arder... resolvi levantar!

Já tive alguns problemas quando chove forte, nesta casa, por isso, meu desassossego!
Tudo começou por causa de um portão que coloquei na frente do terreno, para poder colocar o carro para dentro. Aliás, para colocar o portão foi uma novela a parte! Na época, o episódio virou a “Saga do Portão” tamanha dificuldade para conseguir colocá-lo e acertar as conseqüências que se seguiram depois!!!!
Resumindo... apesar do terreno onde se encontra a casa ser enorme (acho que já comentei que temos 4 coqueiros e uma mangueira no quintal), ela foi construída bem na frente e quase não tem espaço para o jardim. Além disso, todo o terreno é mais baixo que a rua, tendo uma boa inclinação até a parte dos fundos. Quando o pedreiro colocou o portão, este ficou na altura da rua e esta parte da rua é a mais baixa de todo seu trajeto. E para que o carro coubesse, tivemos que aterrar uma parte do jardim, que dava acesso ao corredor lateral.
É um excelente exercício para os braços colocar o carro na “garagem”, porque a rua é estreita, e o portão só abre para fora, sobrando pouco espaço para manobrar... Bem, mas achava que a questão da manobra era o maior problema... Até que veio a primeira chuva forte...

Também era uma madrugada. Acordei com o barulho da chuva, mas voltei dormir. Depois de um tempo, acordei novamente e a chuva já tinha acalmado, só que estava com uma sensação estranha, parecia que algo estava errado. Os gatos também estavam estranhos e começaram a miar. Levantei , mas deixei todo aquele ritual de lado e fui direto para as escadas. Estava meio escuro por causa do tempo chuvoso, mas achei estranho quando olhei o piso da cozinha – estava mais escuro do que o costume... voltei para acender a luz. Nossa! O que aconteceu?!? (pensei...)
Demorou pra sacar o que tinha acontecido, mas foi que a água da rua veio como um rio, passando pela fresta do portão e como a vazão pela lateral da casa tinha diminuído, o caminho mais fácil para água era passar por dentro da casa... e depois com a diminuição das chuvas, as águas baixaram e restou aquele monte de barro, pela parte de baixo da casa toda. Trabalho para o dia todo.
Isso aconteceu outras vezes, inclusive na madrugada seguinte, que aí que me dei conta do que tinha acontecido, pois vi a água vindo como um rio para dentro do terreno!!! Mas, mesmo tentando ajudar a vazão da água pela lateral, não consegui impedir a sua passagem por dentro da casa. Enchi as mãos de bolhas!!! Mais um dia de limpeza, desta vez mais difícil, com as mãos e costas doendo de tanto empurrar o rodo!!!
Mesmo depois de algumas mudanças, na tentativa de melhorar o escoamento da água, a situação só resolveu depois de levantar o portão em uns vinte centímentros e contruir uma rampa para poder entrar com o carro. Manobra mais difícil, mas conseguimos barrar a entrada da água.
Agora, quando chove forte, como hoje, acumula muita água barrenta na frente do terreno, que eu inclusive apelidei de piscinão de Ramos. Por tudo isso, ainda estresso um pouco quando chove forte e demoradamente! Mais uma vez, a rampa deu conta do recado, mas pela marquinha do barro na rampa, faltou pouco para a água entrar!
Ainda assim, como choveu inclinado, entrou água pela janela do atelier, pela janela do quarto de baixo e pela porta da cozinha, sem contar a goteira do quarto...
Ufa! Quanta água! Mas foi bem mais fácil de limpar!
Agora a chuva deu uma trégua e os passarinhos estão cantando lá fora!

Imagina o que é ter a casa totalmente invadida pelas águas sem controle?!?!?... Ver a água subindo pela casa, sem ter para onde escoar e sem poder fazer nada?!!?? Nem quero imaginar o que as famílias passam quando isso acontece!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Recomeços...

Minha mãe era uma “dona de casa” muito ligada em limpeza... não chegava a ser neurótica, mas gostava muito da casa bem limpinha e arrumada. Quando fui morar sozinha, nunca fui tão sistemática quanto ela, mas, à minha maneira, sempre gostei de uma casa bem tratada, já que sou uma pessoa que curte muito ficar em casa!...
Minha mãe dizia que numa casa bem cuidada não se via teias de aranha... é porque ela nunca morou em Trancoso (risos!!!). Aqui, é difícil não encontrar uma teia pela casa, a não ser que se tenha acabado de limpá-la e com todo cuidado!!
Quando me mudei pra cá, vivia num certo conflito com as aranhas... não só pela presença das teias, mas como sou alérgica a picadas de insetos, ficava com receio que alguma delas pudesse me picar...e queria banir todos insetos de dentro da minha casa...Aaaahhhhh!!! Missão impossível!!!!!!!! Não há vassourada e inseticida que dê conta! Aliás, inseticida também não faz minha praia! Quando era pequena já aspirei muito inseticida porque meu pai detestava pernilongos...e ao entardecer a casa da praia se enchia de nuvens densas de inseticida ... coitadinhos dos meus pulmões...!!!!
Bem, mas voltando às aranhas... Aqui, são muitas! De todos os tipos. Agora, desisti de “brigar” com elas, até porque percebi que elas não querem me incomodar! Aliás, posso dizer que tenho uma boa relação com minhas inquilinas e suas teias interessantes.
Tem até uma especial que mora no quintal! Ela tem uma forma bem diferente e faz umas teias perfeitas! Fico impressionada com sua persistência! Ela tece sua teia entre os varais e galhos do pé de hibisco que tenho perto da porta da cozinha. Como voltei de uma viagem de 20 dias em São Paulo, voltei com uma mala cheia de roupas pra lavar e outra de tecidinhos novos para meus patchs (que costumo lavar todos antes de usar), então, foi uma maratona de pendurar roupas no varal esses dias ... e lá estava a Persi (apelido carinhoso de Persistente!) todos os dias recomeçando sua teia, desmanchada pelos ventos, que movem de modo desordenado as roupas e tecidos no varal... E isso porque as teias poderem ser esticadas em até 30 ou 40% de seu comprimento!
Já tentei mudar a Persi de lugar, um que seja mais “estável” e não desmanche a sua teia com tanta facilidade, mas parece que ela gosta de viver perigosamente e fica sempre nos lugares mais difíceis! Ela fica perto da porta da cozinha e quando abro a porta de manhã cedo, a primeira coisa que procuro é a Persi com sua teia maravilhosa...
Um dia quero ser como ela. Assim, obstinada ... Pronta pra recomeçar sempre, mesmo depois de ter visto os sonhos desmoronarem, de ver destruído aquilo que se levou tempos construindo... ter sempre motivação pra recomeçar!!!
É isso aí, Persi! Obrigada pelo exemplo!
Isso até rendeu umas leituras sobre aranhas e suas teias!!!
Veja fotos de teias muito interessantes!

domingo, 18 de outubro de 2009

Simplicidade

Acho muito interessante quando uma pessoa consegue simplificar sentimentos fazendo analogias...

Na minha última aula no Núcleo Fonte de Luz, fui apresentada à fábula: “A HISTÓRIA DE UMA FOLHA” de Leo Buscaglia. Um texto muito simples e bonito e que faz pensar bastante. Leiam! Vale a pena.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

De volta às origens: Mudança radical!

Sair da tranquilidade de Trancoso e viver uns dias em São Paulo, na esquina da av. Paulista com a Brigadeiro Luís Antônio, é uma mudança e tanto! Passei 21 dias num ritmo totalmente diferente do que estou acostumada... Teve dias que fiquei até meio atordoada e no final do dia pintava um certo cansaço e um leve mau humor... Muita informação, muito movimento, muito barulho!!!
Não que minha vida em Trancoso seja parada, monótona, muito pelo contrário. Aqui tenho sempre coisas para fazer, ao contrário do que algumas pessoas pensam... Perguntaram se eu não estava entediada de morar numa cidade pequena! Imagine!
Aqui temos uma vantagem – é que podemos aproveitar melhor o tempo, já que não o perdemos tanto dentro de um carro, ou qualquer outro meio de transporte. Ouvi um comentário de uma amiga de lá: – “Hoje, trabalho menos, mas gasto muito mais tempo no trânsito”... e isso era uma das coisas que mais me incomodava quando morava lá!
Tirando esse incômodo, São Paulo é uma cidade fantástica. Adoro tudo o que ela tem pra oferecer, é um lugar para o qual quero voltar sempre, mas, definitivamente, não quero viver no ritmo dela...
Qual cidade que tem ruas especializadas - uma para noivas, uma para chefs, uma de ferramentas, uma que vende tudo no atacado, uma com muitas lojas de móveis e instrumentos musicais..., enfim, encontra-se praticamente de tudo nesta cidade, é só ter paciência de procurar!!!
Nesses dias, andei muito pela cidade, muito mais do que estava acostumada a fazer, já que quando morava nela, evitava circular por vários lugares, justamente para não “perder” tempo no trânsito. A localização da minha morada em Sampa, facilitou bastante minha movimentação, já que tinha várias possibilidades de deslocamento... usei muito o metrô, que agora com tantas linhas integradas facilita muito a vida! Mas também andei muito de ônibus. Evitando os horários de pico de movimento, vai tudo muito bem!
Foi muito bom rever alguns lugares... um passeio pelo Zoológico, uma voltinha no parque Ibirapuera, um passeio pela própria Paulista num domingo à tarde, não podiam faltar... Bairro da Liberdade, exposição de Matisse na Pinacoteca, uma voltinha na Cultura e na Fnac (ai, ai, ai!!!).
Comprei muitas coisas para meus trabalhos de patchwork... – livros, revistas, muitos tecidinhos e materiais novos, pensando nas tendências da moda. Tudo acabou fazendo minha mala mais do que triplicar de peso e tamanho, o que fez com que eu pagasse excesso de bagagem!!! Também fiz dois cursos de feltragem, técnicas que pretendo associar aos meus trabalhos de patch. Aproveitei também para circular por lojas e feiras de artesanato, para ficar por dentro das novidades e ter inspiração para minhas novas criações. Vim com muitas ideias!
Mas o melhor de tudo foi rever alguns amigos! Alguns já estiveram comigo em Trancoso, mas a maioria não encontrava desde que me mudei pra cá... Encontros com muita emoção, carinho e muita comida boa! Ainda bem que fiz muitas andanças pela cidade, senão com certeza teria engordado...!!! Muitos mimos por onde passei! Passem vontade... comidinha especial de tia, bacalhoada da outra tia, um almoço japonês, especialmente preparado para mim (!!!), um jantar com todas as honras...,jantares especiais, cafés da manhã com muita conversa, pizza com amigos, risotos de se comer ajoelhado e imitar não só cachorro, mas todos os bichos que vocês quiserem (rsrsrs!!!). Teve até um dia que comi feijoada... A melhor parte é que poucas vezes comi sozinha! Ah! E os docinhos... sorvetes de todos os tipos, um bolo de chocolate que a cobertura era tão grossa quanto o bolo..., docinhos vindos de Schmidt..., mousse, brownie,... ai, ai, ai! Sem contar que depois de quase 6 meses sem ingerir uma gota de álcool,entreguei-me aos prazeres de algumas taças de vinho, uma batidinha especial, uma deliciosa caipirinha, uma pinguinha porreta... Enfim, muitos prazeres gastronômicos!
Mas, por mais que estivesse curtindo tudo ( e estava mesmo!), a vontade de voltar pra casa e a saudades dos meus peludos aumentava a cada dia! E o dia de voltar, chegou!
Mas, como ainda deixei muitas pessoas queridas em Sampa, penso regressar assim que possível. Beijos a todos paulistas, paulistanos e aqueles que adotaram essa mega metrópole para viver!

Adoro os felinos... esta foto foi feita durante o passeio pelo Zoológico!

"Os espaços, um a um, deveríamos com jovialidade percorrer, sem nos deixar prender a nenhum deles...". - Hermann Hesse -

"Não gaste impensadamente os seus dias na pregação desesperada de princípios renovadores que você tem dificuldades de abraçar. Corrijamos em nós o que nos aborrece nos outros e Jesus fará o resto pela felicidade do mundo inteiro". - Bezerra de Menezes - psicografia de Francisco Cândido Xavier

Sombra!

Sombra!
Realmente, depois que o Estopa se foi, a Fufi mudou alguns hábitos... além de ter mais curiosidade pela parte externa da casa, agora ela fica muito atrás de mim, sempre me fazendo companhia. Na foto, ela está no meu colo enquanto estou no atelier costurando!!!!