sábado, 28 de fevereiro de 2009

Carnaval

Ah, o Carnaval....

Que festa! Alegria geral...

Quando era pequena, apesar da minha timidez, gostava de dançar o carnaval num salão que tinha perto de casa... Adorava aquelas marchinhas de carnaval...

Lembra da Máscara Negra?

Quanto riso oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim
está chorando
Pelo amor da colombina
No meio da multidão...

Ou então A Jardineira?
Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu...

E a gente ficava rodando pelo salão, sem pensar em nada, só em brincar, só em se divertir...o que rolava era confete e serpentina... pelo menos era assim comigo!
Até hoje, carnaval, pra mim, significa divertimento, mas sei que não é assim para a maioria das pessoas! Acho incrível como as pessoas sentem necessidade de “encher a cara” ou se drogar para conseguirem se divertir, sendo que a diversão está ali, tão acessível...é só relaxar e curtir a música, pulando no rítmo da melodia e esquecendo de tudo o mais!!! O que importa é deixar a música te envolver ...
Como dizem: - dançar como se ninguém estivesse te olhando!

Com o passar dos anos Carnaval acabou virando sinônimo de sossego e descanso, já que aproveitava os dias em que São Paulo ficava vazia com a migração da maioria dos paulistanos. Gostava de curtir minha cidade mais tranquila! Carnaval só pela televisão...

Tenho um grande amigo em Salvador, que por anos seguidos me convidou pra passar o carnaval na sua cidade. Vou te falar, nunca fui muito chegada a multidões – o que sempre me fez recusar os convites...

Mas, no finalzinho de 2005, numa das minhas aulas de francês, Florence comentou da sua vontade de pular o carnaval em Salvador... Então, falei do meu amigo Almir, que ele talvez pudesse providenciar estadia e conseguir um abadá pra ela... Florence já se empolgou ... e depois de trocar alguns e-mails com Almir e algumas aulas depois, uma reviravolta...fui convencida a passar o carnaval de 2006 em Salvador, com a Florence, na casa de Almir!!!!
Apesar de ser tudo em cima da hora, deu tudo certo! Mas, estava apreensiva quanto a me lançar no meio de toda aquela gente... Quem me conhece bem sabe que isso não era "minha praia" e não acreditavam que estava me programando pra passar o carnaval em Salvador...!!!!

Mas nada como ser introduzida ao desconhecido por alguém que domina do assunto... Na primeira noite, fomos pra Ondina ver o “quase final” dos trios, onde o povo já tinha pulado o trajeto quase todo da Barra até Ondina, na avenida beira-mar. Meu coração pulava no peito acelerado, quase a saltar pela boca, pois estava com receio de me “enfiar” no meio de toda aquela muvuca e me sentir mal.
Quando chegamos, sentia o som de longe do batuque de um trio que vinha um pouco longe e havia algumas pessoas dispersas na rua. Pensei – acho que vai ser mais fácil do que imaginava..., mas aos poucos o som foi se tornando mais alto e mais forte e o volume de pessoas foi aumentando. Nossa! Quando o trio foi chegando, o som foi entrando dentro do seu peito e era impossível não me render às fortes batidas da música, que mexeu bastante comigo. Senti uma emoção muito forte, como se alguma coisa se revirasse dentro de mim e de uma certa forma criasse vida e quisesse sair... eu me emocionei e algumas lágrimas brotaram em meus olhos... estava feliz! Assustada com tudo aquilo, mas feliz por estar ali, no meio de toda aquela manifestação popular! Eu, euzinha, estava no Carnaval da Bahia!!!! Nem estava acreditando!!!
Mas, a experiência não parou por aí! Numa noite pulamos num bloco, com abadá e tudo!!!! E em outra pulei na pipoca do Timbalada e do Chiclete – I N A C R E D I T Á V E L!!!! Numa dessas pipocas, fui “encoxada” por um rapaz que parecia um armário, de tão grande e musculoso – nem tive coragem de reclamar (hé, hé). O povo brincou que ia voltar pra Sampa quase grávida!
Vi e senti o bloco dos filhos de Gandhi, digo senti, pois eles andam com um spray de Lavanda delicioso e dá pra sentir um aroma gostoso no ar, mesmo no meio de todo aquele suor ...

É claro que, na minha opinião, tudo seria muito mais legal se as pessoas bebessem menos, pois no meio do divertimento saía um quebra-pau aqui e ali... sempre tem um mala dando cotoveladas e pontapés no meio da multidão da pipoca e acredito que isso seja um reflexo do nível elevado de álcool no sangue...(seria triste pensar que o fulano não tivesse um pingo de educação...).

Mas é carnaval! E a ordem é divertir-se, soltar a franga, dançar como se fosse o último dia da sua vida... quem sabe o dia de amanhã, não é mesmo?!?!?

Este ano, foi a vez de eu retribuir a festa de carnaval à turma de Salvador, recebendo meu amigo Almir, a querida Luciana, o Iuri e a namorada Clara em minha casa. Faltou Fabinho; uma pena! Mostrei a eles as belezas da nossa Costa do Descobrimento: os sítios históricos, as praias maravilhosas e as curiosidades da região... foram dias fantásticos – eu adorei tê-los aqui comigo! Eu me diverti muito e espero que eles tenham gostado e queiram voltar!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Abraço para uma amiga especial

Esta semana foi aniversário de uma grande amiga. Estou um pouco triste por não poder abraça-la, estar pessoalmente com ela. A distância nos separa fisicamente. Mas, ainda bem que o contato via e-mails, skype e interurbanos pelo telefone é constante.

Não sei se por causa desta ausência física, esta semana fiquei lembrando da época que nos conhecemos. Vejam como a vida é mesmo engraçada, como o destino é traçado... como o Universo vive conspirando a nosso favor!!!! Em 1980, decidi que ia fazer cursinho pré-vestibular, pois queria fazer faculdade de Veterinária. Escolhi fazer no Objetivo, entre tantas outras opções... e optei por fazer na Av. Paulista, pois sabia que lá estavam os melhores professores. Fiz minha inscrição. Era só esperar o começo das aulas.

O primeiro dia de aula foi assustador! Acordei bem cedinho, ainda estava escuro lá fora. Peguei um ônibus e durante o trajeto, de mais ou menos uma hora, até a Av. Nove de Julho, fiquei pensando no que me esperava; suava frio de ansiedade. Desci no ponto depois do túnel, subi todas aquelas escadarias até o Masp, depois mais uma caminhada de uns 15 minutos até o prédio da Gazeta. Quando chego lá, assustei-me por ver um número imenso de jovens! Tava acostumada com aquela vidinha tranquila de colégio, que por ser na periferia de São Paulo, era um clima meio de cidade do interior e já conhecia quase todos os alunos. Não que conhecesse todos pelos nomes, mas já estava acostumada com a maioria dos rostos... Agora ali com tantos rostos desconhecidos...
A área de biológicas ficava logo no térreo, mas mesmo assim, quando entrei pelo corredor, fiquei atônita! As salas eram IMENSAS. Acho que cabiam umas 500 pessoas em cada. Tinha umas 5 ou seis! Mas, descobri uma salinha menor, que ficava num canto à direita. Apesar de grande, comparada à sala de aula do colégio, era melhor que as outras. Entrei, escolhi um lugar e me sentei.
Demorei pra me acostumar com tudo aquilo. Os professores tinham muita didática, mas sem dó enchiam o quadro negro com milhares de informações! Em uma semana tinha recebido mais informações do que num mês de aula no colégio! Cada professor tinha sua maneira peculiar de manter a atenção dos alunos – contando piadas, recitando versinhos, cantando musiquinhas ou fazendo palhaçadas! Mas mesmo assim, aquilo era massacrante.
Durante essa difícil fase de adaptação, fui conhecendo aos poucos as pessoas que se sentavam próximas a mim e o fato de estar ali já não era tão intimidador. Mais ou menos na minha frente, sentava-se uma morena de cabelos cacheados, bem séria, mal conversava com os demais... bem concentrada nos estudos. Não sei quanto tempo levou pra gente começar a conversar, mas um dia descobri seu nome: Karina.
Aí nasceu uma amizade de quase trinta anos!!!! Na época, ela queria prestar vestibular pra medicina. O que foi a minha sorte, senão não a teria conhecido.
Vejam só como o destino vai traçando os caminhos... eu poderia ter escolhido estudar no Anglo, ou no Etapa, que também eram cursinhos bem renomados na época, mas escolhi o Objetivo. Poderia ter ficado na Unidade de Santo Amaro, já que era bem mais próxima e ganharia mais tempo pra estudar, pois gastaria menos tempo me deslocando de casa para o cursinho..., poderia ter entrado em outra sala, ou mesmo me sentado do outro lado da sala...Ela também poderia ter feito inúmeras outras escolhas... mas, nos sentamos naquele cantinho da SM-5 e nos conhecemos!!!!
Isso é o tipo da coisa que a gente tem que agradecer a todo dia, quando se levanta. A Karina tornou-se minha grande amiga e hoje a tenho como se fosse uma irmã muito querida. Acho que daria pra escrever um livro sobre todas as coisas que já passamos juntas. Quantas confidências, quantos planos (lembro de uma viagem de trem para Americana!!!), quantos segredos trocados! Quantos abraços, quantas comemorações, quantas conquistas que compartilhamos!!!! Quantos ombros molhados... tantas perdas que tive e que sempre minha amiga estava lá pra me dar um conforto; tantas decepções e medos compartilhados.

Querida Amiga. Obrigada por tudo. Obrigada por me ajudar nos momentos difíceis e por me fazer rir nas mais inusitadas situações. Saudades das noites que dormimos falando de planos para o futuro, de trabalho, de ex-namorados, de futilidades! Pelos almoços e jantares deliciosos... Pelo incentivo, pelas broncas, pelo carinho, pelas lições de vida. Obrigada, obrigada!

Esta foi a maneira que encontrei para “abraça-la” neste aniversário! Um grande beijo!
Espero você em Trancoso!

Adoro os felinos... esta foto foi feita durante o passeio pelo Zoológico!

"Os espaços, um a um, deveríamos com jovialidade percorrer, sem nos deixar prender a nenhum deles...". - Hermann Hesse -

"Não gaste impensadamente os seus dias na pregação desesperada de princípios renovadores que você tem dificuldades de abraçar. Corrijamos em nós o que nos aborrece nos outros e Jesus fará o resto pela felicidade do mundo inteiro". - Bezerra de Menezes - psicografia de Francisco Cândido Xavier

Sombra!

Sombra!
Realmente, depois que o Estopa se foi, a Fufi mudou alguns hábitos... além de ter mais curiosidade pela parte externa da casa, agora ela fica muito atrás de mim, sempre me fazendo companhia. Na foto, ela está no meu colo enquanto estou no atelier costurando!!!!