sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mangas e lembranças...

A mangueira do meu quintal está carregada.
Eu que não sou muito fã da fruta, tenho me entregue ao seu sabor, já que tenho tantas e sem pagar nada por elas! Vez ou outra as crianças batem na porta para pedir para pegar algumas. Aqui elas têm o hábito de comer manga verde...; nunca experimentei! Vai que dá um revertério (rsrsrs!!!!).
Por ver tantas mangas por aqui – pelas árvores, nos supermercados e no mercadinho de frutas, lembrei-me da minha mãe e da minha avó paterna, pois elas adoravam esta fruta. Inclusive minha avó dizia que não sujava as mãos pra comer só uma; e, realmente, comer uma bela manga, daquelas bem carnudas (como dizia minha mãe) sem sujar as mãos é praticamente impossível.
Acabei lembrando também de uma passagem de mais de 30 anos atrás. Uma viagem que fiz com minha família para Brasília. Fomos de trem: meus avós paternos, meu pai,minha mãe, meu irmão e eu. A viagem normal seria de umas 20 e poucas horas, mas por causa de um descarrilhamento de um trem de carga, acabou levando 37 horas!
Por causa deste acontecimento, ficamos um tempão parados perto de um vilarejo, mas não podíamos descer do trem, pois os funcionários depois não teriam como ficar “caçando” todos os passageiros pela vila, antes do trem partir, quando fosse possível. Mas perto dali, tinha uma mangueira enorme, daquelas dignas de se observar!!!! Com certeza deveria ser muito mais velha que eu, pelo seu porte. Não me lembro exatamente a época do ano da nossa viagem, mas imagino que fosse mais ou menos a mesma em que estamos agora, pois a mangueira estava carregadinha...!!!! E as mangas, da distância que estávamos, eram lindas e pareciam bem apetitosas. Isso aguçou a vontade da minha avó que pediu para o meu pai descer do trem e pegar algumas para ela. Depois de relutar um pouco, meu pai acabou descendo e se dirigindo ao pé de manga, o que desencadeou um certo reboliço no trem e logo várias pessoas acabaram fazendo o mesmo... Acho que todos estavam pensando a mesma coisa...
Então, minha avó e minha mãe conseguiram algo bem interessante para ajudar a passar o tempo e comeram suas mangas com muita satisfação!!!!
Infelizmente, não tenho fotos da mangueira, nem das duas se deliciando com as mangas, mas acabei encontrando algumas fotos da viagem... Boas lembranças!!!!

domingo, 1 de novembro de 2009


Quando fui morar sozinha a primeira providência que tomei foi arrumar um gatinho pra morar comigo.
Ganhei um persinha da Mirian, quase todo branquinho, com umas leves manchas cor de creme... Seu nome ficou Estopa. Ele logo me conquistou e foi um grande companheiro. Vivemos muitos anos fazendo companhia um para o outro. Entre o nosso primeiro encontro e nossa separação aconteceram muitas coisas, afinal foram 17 anos de convivência!

Estopa foi um gato excepcional. Companheiro nota mil. Sempre na dele! Nas minhas maiores perdas, ele estava lá. Encostando seu corpo no meu, ou sentado na minha frente, olhando pra mim, sem entender porque eu chorava,mas mostrando que estava ali comigo.Ele me ensinou muito sobre ter paciência, fazer carinho, mesmo nas adversidades, e aceitar as diferenças. Sempre teve paciência com todos os outros gatos que introduzi em casa, definitivos ou esporádicos, aceitando a todos.

Hoje, ele estaria completando 18 anos, mas ele "partiu" antes. Partiu de mansinho, assim como chegou.
É praticamente impossível colocar em palavras o que este gatinho significou pra mim. Tantas coisas que vivemos juntos... eu da minha maneira, ele da dele.
Quando resolvi mudar de vida, fiquei apreensiva em mudar radicalmente seu habitat depois de tantos anos, mas para minha surpresa ele se adaptou muito bem e viveu feliz no seu novo espaço -adorava passar o final das tardes debaixo do pé de hibisco, deitado na grama e também correr livremente atrás das borboletinhas!!! Talvez ele tenha sentido um pouco do sabor da liberdade...que sempre o privei por viver tantos anos fechado dentro de um apartamento!
De qualquer forma, agora ele deve tê-la de maneira irrestrita!

Querido amigo, obrigada por tudo. Pelo carinho, pela companhia nos meus momentos mais tristes, pelos miadinhos carinhosos, pelos risos que dei por causa de suas brincadeiras, pelas suas travessuras, pelo seu ronronar de prazer pelos carinhos... tudo, tudo, tudo.
Sinto sua falta! Nunca terei outro gatinho como você.

Adoro os felinos... esta foto foi feita durante o passeio pelo Zoológico!

"Os espaços, um a um, deveríamos com jovialidade percorrer, sem nos deixar prender a nenhum deles...". - Hermann Hesse -

"Não gaste impensadamente os seus dias na pregação desesperada de princípios renovadores que você tem dificuldades de abraçar. Corrijamos em nós o que nos aborrece nos outros e Jesus fará o resto pela felicidade do mundo inteiro". - Bezerra de Menezes - psicografia de Francisco Cândido Xavier

Sombra!

Sombra!
Realmente, depois que o Estopa se foi, a Fufi mudou alguns hábitos... além de ter mais curiosidade pela parte externa da casa, agora ela fica muito atrás de mim, sempre me fazendo companhia. Na foto, ela está no meu colo enquanto estou no atelier costurando!!!!