




Um dia o Ângelo, meu vizinho na feira de artesanato, mostrou-me umas fotos de seus vôos com paraglider na praia do Taípe. As fotos eram maravilhosas! Fiquei com vontade de voar, mas meu medão falou mais alto e a vontade acabou passando!!!!
Dias depois, numa das minhas caminhadas com a Beth, vi alguém sobrevoando nossas praias. Depois fiquei sabendo que era um amigo do Ângelo, mas que logo ele iria embora. No sábado de Carnaval, levantei decidida a voar. O dia estava bonito, um sol maravilhoso. Desci até a praia dos Nativos e encontrei a turma do vôo, mas o Richard não estava (é quem faz o vôo) e já bateu aquela vontadinha de desistir... uma certa dor de barriga. Enquanto pensava se ia ou não, o Richard chegou e como se pressentisse que o pavor estava tomando conta de mim, rapidamente foi preparar o aparelho, esquentando os motores! Logo estava com todos aqueles engates, cintos e recebendo todas as instruções para a minha subida. Ai, ai... Não tinha mais como desistir.
Ao sinal tem que correr... Vamos lá! Um tranco quando o paraglider se abre... Corre... e, depois de alguns passos, estava levantando vôo e sobrevoando o mar!
Uau! Que sensação! Minhas mãos tremiam! O corpo estava tenso; mas depois de alguns poucos minutos, relaxei, como depois de um choque, e fiquei maravilhada com aquela vista. Dei sorte, pois a maré estava baixa e com o sol batendo no mar... foi tudo incrível. Nem sabia para onde olhava e quase esqueci de tirar as fotos para registrar o fato. Algumas manobras dão um frio na barriga, mas a sensação é muito boa. Vale a pena, mesmo para os mais medrosos, como eu!
Dias depois, Richard me falou que sobrevoar os Andes é o máximo. Falou que eu iria gostar por causa do meu trabalho de Patchwork... Quem sabe um dia!!!